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Já é 2023

Que loucura. Nunca fui do tipo que fala "como tempo passou rápido!". Sempre, desde criança, gosto de pensar e perceber como o tempo é relativo. Um mesmo dia que para uns passa correndo cheio de afazeres e emoções, para outros se arrasta no tédio ou na falta do que fazer. É certo que, considerando a relatividade do tempo, quanto mais se vive, mais parece que o tempo passa, os dias ficam mais curtos considerando quantos já foram vividos... os últimos dois anos foram turbulentos aqui. Teve muita coisa acontecendo, acho que só agora minha cabeça coloca tudo no lugar para ver de fora. Teve dia passando arrastado esperando notícia, teve dia passando rápido com tanta coisa para fazer no trabalho, nos estudos. Teve ansiedade pelo meu casamento e toda a sua preparação, parece que nunca chega, ao mesmo tempo que parecia que estava logo ali. E 2022 foi muito melhor do que 2021. Encontrei um exercício físico que gosto, planejei um casamento e me casei, comecei a rezar mais e cultivar o e

mudança

 Hoje acordei com um sentimento de que posso mudar o mundo. É como se, finalmente, depois de nem sei dizer quanto tempo, as ideias estiverem começando a criar uma forma mais palpável, atingível. E são ótimas ideias. Finalmente elaboramos um plano para colocar em prática. São ideias de mudar o mundo! O mundo que conheço, o mundo da minha cidade, da cidade vizinha. Em pouco tempo teremos os frutos desse plantio de ideias, e serão lindos. Serão colhidos por meu filhos, sobrinhos, netos, bisnetos. Os frutos de um mundo melhor. E, nesse sonho, eu também me responsabilizo: devo criar os filhos, sobrinhos e netos, como pessoas melhores. E enquanto eles não chegam, contagio quem eu posso. Educo e transformo.

Sobre disciplina

Tenho feito algumas abstinências alimentares nesses últimos dias, por motivos religiosos, lê-se por abstinência "moderação". Para fazer essa moderação tenho que estar atenta ao que como e quando como, e percebi que estava me alimentando no automático.  Coloquei-me em uma rotina de disciplina que há muito não tinha, principalmente desde o começo da pandemia, quando foram embora as rotinas de horários de trabalho fora de casa. E em casa eu faço quando quero, mas a falta de rotina, para mim, alimenta a falta de atenção em mim. Não preciso me preocupar com a hora de acordar e de dormir, ou com a hora de comer, já que eu faço o meu horário. Com o jejum percebi que estava comendo por ansiedade e compulsão muitas das vezes, e a disciplina de não comer a todo momento que tenho vontade é angustiante no começo, mas libertadora, pois pouco a pouco me LIBERTO da necessidade de descontar sentimentos na comida. Para me livrar também do pensamento tentador de "preciso descontar em algo

Sentimentos

 Falar de sentimentos nunca foi meu forte, independente de qual seja. Se falar é difícil, entender é mais ainda. E isso não é culpa de ninguém. Eu sou assim, e vou pouco a pouco aprendendo a mudar. Com a terapia percebi que escrever, desenhar e conversar sobre com quem confio, são bons caminhos. Nem sempre eu quero falar, e por isso é bom ter outras válvulas de escape. Não acho que um dia eu me torne um "livro aberto". Eu até gosto que alguns sentimentos sejam só meus... uma liberdade de estar só e aproveitar a sensação. Talvez o máximo de extravasamento desses sentimentos seja uma foto em uma rede social com uma legenda de emoji ou uma palavra única. Quem vê de fora talvez enxergue só beleza ou arte no conjunto. Antes que os sentimentos saiam, é preciso que sejam entendidos. E entender sentimento é assustador, mas ao mesmo tempo, e em uma potência maior, libertador. Para "mudar de fase" é indispensável se conhecer e, para isso, é necessário (re)conhecer os sentimen

Inspiração

Vou para um lindo lugar. O sentimento é de completude, preenchimento. Sinto-me parte. Ali sou eu, eu e o mundo.  Eu e a natureza, eu e Deus. É como se o momento por si só já fosse uma oração. A beleza que carregamos é realçada nesses momentos. Ao mesmo tempo, imagino e me coloco em tempos antigos: quem também já esteve ali? Agradeço. Por ter o privilégio do momento, da vista. Tiro fotos, filmo, para que outros também sintam a emoção do momento através dos arquivos. E até mesmo eu, quando revejo, revivo tudo.

366 dias

 Hoje faz exatamente um ano que a Unicamp, universidade onde faço meu mestrado, entrou em quarentena e eu, junto com ela. E cá estamos exatamente um ano (bissexto, por isso 366 dias) depois. No dia 12 de março de 2020 eu achei que seriam apenas 15 dias, que talvez não fosse tão assim (ok, no fundo eu imaginava, mas não queria acreditar), e que em abril tudo estaria de volta ao normal. Eu já tinha agenda para praticamente todos os dias da próxima semana, a Unicamp é uma universidade que tem palestras acontecendo numa frequência absurda, e eu também tinha muita coisa para estudar. Eu estava na empolgação de começo, estava em Campinas há menos de 15 dias.  Fiquei feliz e triste. Feliz porque adiantei a viagem para visitar meu namorado. Triste por motivos óbvios: incerteza e sem assimilar direito o que estava acontecendo. Por uma semana eu fiquei com meu namorado, e as coisas foram só piorando. A viagem que eu tinha marcada para Paraty com minha família também foi desmarcada.  Meus pais me

Sobre os verdadeiros amigos

Desde sempre fui difícil de fazer novas amizades. Fui uma criança tímida, e me considero tímida até hoje. São poucos os que realmente me conhecem, e sempre foi assim. Quando cheguei na faculdade, tinha 18 anos. E não foi somente um novo ambiente, eu também estava longe de casa, mudei de cidade. No começo foi difícil, porque, além das dificuldades de estar em um novo ambiente, eu estava também com novas pessoas. Minha rede de apoio ficou em São Paulo, e nos falávamos apenas por celular. Tentei por um semestre inteiro fazer amizade com pessoas que, fui percebendo, não combinavam comigo naquele momento, e me vi sozinha. Passadas as férias de meio de ano, decidi "desencanar" dos vínculos que tinha tentado criar sem sucesso no primeiro semestre. Procurei por um novo grupo de estudos e trabalhos, e, nesse grupo, encontrei outra amiga na mesma situação que eu. Chegamos à conclusão que o acolhimento é diferente para pessoas que são "mais na delas". E então pensei "tá t