366 dias

 Hoje faz exatamente um ano que a Unicamp, universidade onde faço meu mestrado, entrou em quarentena e eu, junto com ela. E cá estamos exatamente um ano (bissexto, por isso 366 dias) depois.

No dia 12 de março de 2020 eu achei que seriam apenas 15 dias, que talvez não fosse tão assim (ok, no fundo eu imaginava, mas não queria acreditar), e que em abril tudo estaria de volta ao normal.

Eu já tinha agenda para praticamente todos os dias da próxima semana, a Unicamp é uma universidade que tem palestras acontecendo numa frequência absurda, e eu também tinha muita coisa para estudar. Eu estava na empolgação de começo, estava em Campinas há menos de 15 dias. 

Fiquei feliz e triste. Feliz porque adiantei a viagem para visitar meu namorado. Triste por motivos óbvios: incerteza e sem assimilar direito o que estava acontecendo.

Por uma semana eu fiquei com meu namorado, e as coisas foram só piorando. A viagem que eu tinha marcada para Paraty com minha família também foi desmarcada. 

Meus pais me buscaram em Botucatu, onde eu estava com meu namorado. Passamos em Campinas para buscar minhas coisas e cancelar o contrato de aluguel que deveria ter durado até julho. E a parada final foi São Paulo, o centro do caos, mas lá eu tinha o aconchego do meu lar, onde ficamos, "quarentenados" até julho. 

Bom, o "miolo" da história todos já conhecem: vai pico, vem pico, UTIs lotadas e o medo de ficarmos doentes, afinal, meu pai teve que voltar a trabalhar ainda em março.

Acontece que a gente imaginava que passaria logo, depois pensávamos que 2021 seria melhor, e hoje, 12 de março, uma nova recomendação do governador: vamos voltar à fase mais restrita da quarentena. 

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