O surto

 05 de março de 2021

Acordei reflexiva e meditativa. São onze horas da manhã e eu já pensei em muitas coisas para fazer, e ainda não fiz quase nada... Mas algo em comum nesse tempo todo: muita ideia para escrever. Pois é, escrever. Algo que não faço há muito tempo, mas que fazia muito... 

Parece que hoje tenho uma voz em mim dizendo "volta, escreve! Escreve o que sente, libera! Escreve o que sabe, conscientiza! Transmite sua mensagem!"

Lembrei desse blog. Um incentivo da minha mãe, e uma vontade minha. Na época era moda, muita gente tinha. Foi difícil encontrar o blog com uma simples busca no Google, um nome muito comum, mas que para mim, tinha (ainda tem) muito significado: um canto onde sou eu mesma, e onde me expresso.

Revisitei hoje de manhã todas as postagens, e, com elas, os sentimentos antigos... Na primeira postagem eu tinha apenas 12 anos. Era uma menina tímida, e também tagarela, mas que não era muito boa com essa história de se expressar. Uma menina cheia de raízes e jeitos interioranos, mas morando na Capital. Queria falar de coisas que talvez os conhecidos não estivessem tão interessados assim. Mas alguém "na Web" poderia se interessar.

Não posso dizer que fui um grande sucesso nesse início de carreira de blogueira... Mas falar do que eu sentia sem medo dos julgamentos era muito bom. Os textos eram simples, coisas da idade, mas acho que parei cedo demais.

Não sei ao certo o que faço aqui hoje, mas sinto que devo fazer. Aquela menina cresceu, e hoje já tem 24 anos, meu Deus! Já se formou, em um curso que ama (fique contente, Isabela do passado...), está fazendo mestrado e mora sozinha, de volta ao ~adivinha~ interior, nosso amado interior de SP.

A vontade de voltar a escrever é antiga, mas sempre deixada de lado, "tem que ser perfeito"... Mas estou me tornando adepta do "antes feito do que perfeito", talvez a escrita tivesse me livrado de algumas crises existenciais!

As postagens antigas permanecerão aqui, não por puro saudosismo, mas por que ainda me identifico. Talvez hoje a escrita fosse mais detalhista, mais madura, mas o sentimento é o mesmo. Vou editar muita coisa por aqui, o meu quarto e o meu guarda roupas não são mais os mesmos, não faz sentido que aqui permaneça igual.

E quanto à voz, talvez seja Deus, talvez seja minha criança interior, talvez meu "eu reprimido" (isso existe?), não sei!, mas, obrigada, há muito tempo não me sinto tanto assim, eu mesma. 

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